domingo, 4 de novembro de 2007

É possível conciliar vida profissional e pessoal Por Marcos Burghi

São Paulo, 01 (AE) - Embora sempre haja quem cite de bate-pronto duas ou três exceções, a principal regra para o sucesso profissional ainda é transformar esforço e dedicação em resultados. Nessa busca pelo bom desempenho, muitos trabalhadores deixam de lado a vida pessoal, mas especialistas dizem que, com certos cuidados, é possível atingir o objetivo sem abdicar do convívio familiar e do lazer.
Para Camila Mariano, consultora de Recursos Humanos da Catho Online, a primeira tarefa é definir claramente objetivos pessoais e profissionais e reservar tempo para ambos.
A consultora recomenda que, feito isso, as divisões sejam respeitadas e, principalmente, aproveitadas. Segundo ela, o tempo dedicado ao trabalho deve ser utilizado para que os esforços se convertam em resultados para a equipe e para a empresa. Da mesma maneira, observa, a pessoa deve desfrutar ao máximo os momentos de lazer em família ou com os amigos.
Para quem não acredita na possibilidade, Camila esclarece que se a pessoa direcionar corretamente seus esforços no trabalho poderá mostrar ou colaborar para resultados em seu horário normal de expediente, sem ter de prolongar a permanência na empresa.
Ela também lembra que horas extras significam mais custo para as empresas, o que pode levar a uma avaliação de deficiência de desempenho do funcionário.
A consultora reconhece que há momentos que o equilíbrio pode ser quebrado, mas também de forma planejada e por tempo determinado. Caso o empregado almeje promoção, lembra, terá de mostrar o máximo de dedicação, o que talvez tenha de traduzir-se em horas diárias a mais de labuta. O inverso, diz, também pode acontecer. Uma mulher que esteja grávida pode diminuir seu ritmo em função do futuro bebê, sem que seja vista como funcionária de menor capacidade.
Caso o empregado saiba algumas de suas tarefas de antemão deve planejar a execução de forma a aproveitar melhor o tempo, recomenda Camila. "As empresas preferem quem traga resultados no período normal de trabalho."
TODOS OS LADOS - Para o psicólogo José Roberto Leite, especialista em medicina comportamental da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), para a pessoa ter êxito, ela deve gerenciar diversos aspectos da própria vida. O profissional é apenas um entre tantos outros. Leite informa que também são fundamentais os cuidados com o organismo e com o lado psicológico, com controle sobre as reações, principalmente aquelas que levam ao estresse. Ele observa que a dedicação à vida profissional deve andar acompanhada de momentos voltados ao convívio pessoal. "Se uma delas for tratada com mais importância, a outra vai perder", garante. Na opinião dele, os objetivos profissionais devem estar claros. Ele acredita que todos podem sonhar, mas sem exageros e que progresso é importante, desde que não traga problemas.
BOXE 1: APROVEITE O MELHOR DO SEU TEMPO
A consultora de Recursos Humanos Camila Mariano e o psicólogo José Roberto Leite dão a receita para conciliar vida pessoal e vida profissional sem sofrimento.
1 - Defina claramente seus objetivos, tanto os pessoais como os profissionais.
2 - Organize o tempo que pretende gastar na conquista de suas metas.
3 - Depois de estabelecer os objetivos dedique-se ao máximo a cumprir o caminho até atingi-los.
4 - Saiba separar vida pessoal e vida profissional. Lembre-se que nem todos seus colegas de trabalho são seus amigos.
5 - Fique atento para definir possíveis momentos em que
possam ocorrer desequilíbrios entre o trabalho e a vida pessoal. Não deixe de ter claro que as descompensações são
temporárias.
6 - Conheça a si mesmo melhor por meio de exercícios de
relaxamento e meditação, que podem ser feitos num final
de tarde.
7 - Faça uma análise crítica de sua forma de ver as coisas. Muitas vezes certos problemas são frutos da maneira como vemos as coisas e não de situações reais.
8 - Não defina sua conduta em função do que os outros possam pensar.
9 - Trace um plano de ação e ponha-o em prática.

Problemas de relacionamento podem aumentar risco cardíaco Por Mar Gamez / EFE

Até o momento, a maioria dos estudos tinha sido centrada em assinalar as virtudes de viver em casal. Sempre se afirmou que as pessoas que passam sua vida ao lado de um parceiro, da família e de amigos gozam de melhor saúde que aquelas que, por diferentes circunstâncias, decidem viver na solidão.
Mas um estudo publicado recentemente assegura que as relações amorosas também podem acabar prejudicando o coração de algumas pessoas.
Segundo um grupo de cientistas britânicos, as discussões, os gritos e os conflitos constantes com o parceiro aumentam em 34% o risco de ataques cardíacos ou dores no peito.
Aparentemente, as brigas e as críticas geram estresse e ansiedade nas pessoas que convivem com isso regularmente e isto aumenta a probabilidade de sofrer de doenças cardíacas. Isto foi comprovado com uma pesquisa desenvolvida no Reino Unido e publicada na revista americana "Archives of Internal Medicine".
Para chegar a estas conclusões os cientistas estudaram o caso de mais de nove mil britânicos, que responderam a perguntas sobre alguns dos aspectos mais negativos de suas relações.
Analisaram seu nível de confiança, sua percepção de apoio mútuo e outras variáveis como idade, sexo e profissão, e seguiram a evolução de cada paciente durante mais de 12 anos para comprovar se eles desenvolviam algum problema de saúde.
No momento de iniciar o estudo, cerca de 500 pessoas apresentaram algum problema cardiovascular. Mas, para surpresa dos pesquisadores, outras 589 sofreram também algum transtorno em seus corações durante o acompanhamento.
Os cientistas descobriram que aquelas pessoas que apresentavam mais problemas em suas relações eram geralmente as mais afetadas por problemas cardíacos.
"Os resultados do estudo indicam que as relações íntimas negativas influem na condição cardíaca de uma pessoa", comentam os pesquisadores em seu trabalho.
MORRER DE AMORAs relações tormentosas, os gritos e as brigas constantes terminam com os relacionamentos mais sólidos e até mesmo com alguns corações. Mas a perda da pessoa amada também pode acabar com a vida de algumas pessoas.
Outros pesquisadores, neste caso da Universidade de Glasgow, na Escócia, asseguraram há alguns meses que as pessoas que ficaram viúvas atravessam por momentos críticos nos seis meses posteriores à morte de seu parceiro. Nos cinco anos seguintes, o índice de desenvolvimento de problemas cardíacos ou outras doenças também é maior.
A vida diária mostra muitos exemplos, alguns deles famosos, como o do casamento dos cantores e compositores americanos Johnny Cash e June Carter Cash, cuja célebre história de amor foi levada em 2005 ao cinema sob o título "Johnny & June".
O cantor, uma lenda da música country, não conseguiu sobreviver às complicações que se apresentaram em sua diabete e morreu aos 71 anos, apenas quatro meses depois da morte de sua esposa.
No entanto, alguns especialistas, como o cardiologista Cathy Ross, da Fundação de Cardiologia Britânica, quiseram matizar as afirmações científicas assegurando que a importância da questão está, em muitas ocasiões, mais em como se leva o luto do que na estrita dor da perda.
"Algumas pessoas começam a fumar mais, a beber ou a se alimentar pior", comentou à "BBC" o especialista, que assegura que em alguns casos são os maus hábitos dos viúvos que prejudicam gravemente sua saúde.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Tônicos naturais

Sex, 02 Nov, 09h36
Por Por María Jesús / Jesus Ribas / EFE




Chega de ficar cansado. Você sente sua energia indo embora ao longo dia e quando chega em casa se pergunta até quando conseguirá suportar seu atual ritmo de vida? Para ficar de pé todas as manhãs você tem que reunir forças no fundo do seu corpo e de sua alma? Falta de disposição pode ser sintoma de estresse - que esgota toda a energia do organismo -, de uma dieta pobre nos nutrientes necessários para o bom funcionamento do seu organismo ou até mesmo do tédio causado por uma rotina diária que o empurra para o sedentarismo e o desânimo.


Além disso, o esgotamento permanente não é resultado apenas de uma atividade profissional, social e familiar intensa. Ele pode ser decorrente de uma série de hábitos, atitudes e pensamentos que, pouco a pouco, vão consumindo suas reservas de energia.


Santiago Luis de la Rosa Iglesias, assessor em medicina natural da Academia Ibero-Americana de Medicina Biológica, dá dicas simples de como "recarregar as baterias" e de fazê-las durar o maior tempo possível:Desfrute de um sono reparador.


Dormir menos que as oito horas recomendáveis é um hábito que causa problemas de concentração, lapsos de memória, irritabilidade, fadiga e queda na imunidade. Além disso, o organismo funciona regido pelos ciclos do sono e da vigília, durante os quais produz diferentes tipos de hormônio. Se a pessoa não descansa o suficiente à noite, o corpo não recupera a energia gasta durante o dia e acaba tendo seu funcionamento prejudicado.


Anime sua vida sexual
Fazer sexo com regularidade pode ajudá-lo a ter um rápido e prazeroso pico de energia. O orgasmo aumenta os níveis do hormônio oxitocina, que aumenta a vitalidade. O sexo também ajuda a pessoa a ter um sono de qualidade. Mas, caso você não esteja disposto a praticar, experimente um abraço. Os níveis de oxitocina aumentam ate com simples carícias.


A primeira refeição é fundamental
Se não você não toma café da manhã ou não come direito nessa hora, provavelmente não terá um bom começo de dia devido à ingestão insuficiente dos nutrientes necessários para sua atividade física e mental. Além disso, estará faminto na hora das outras refeições ou ficará beliscando até o almoço. Para ter energia e boa disposição, no desjejum, combine frutas frescas, alimentos lácteos e cereais.


Mantenha o sedentarismo longe
Quando você faz exercício, seu corpo lida melhor com o que lhe causa estresse e desgasta sua energia. Faça exercícios pelo menos três vezes por semana, durante 30 minutos. O que quer que seja – caminhada, cooper, bicicleta, esteira ou outro exercício aeróbico –, comece, mas numa intensidade que não canse. Para os mais dispostos, a ginástica estimula: comece treinando 5 minutos e logo vai estar querendo treinar por mais tempo.


Fuja dos "ladrões de vitalidade"
Existem colegas de trabalho, parentes ou amigos que consomem sua energia psicológica e emocional com queixas, vitimismo ou visão negativa ou pessimista da realidade. Se você não tiver como não re relacionar com essas pessoas, faça um trabalho mental e conscientize-se de que esse comportamento é característico dessas pessoas, não seu.