sábado, 22 de setembro de 2007

Amigos, anjos sem asas!

Amigos, anjos sem asas!
As vezes na vida qdo tudo parece perdido acontecem coisas q nos fazem pensar,existem pessoas maravilhosas sempre dispostas a te ajudar.
Essas pessoas parecem anjos vindos do céu q te protegem como um véu e jamais te deixam cair.
Nos levantam do chão e nos devolvem os sonhos muitas vezes perdidosNos trazem sonhos q até então julgavamos impossiveise nós mostram q td é possivelbasta apenas você querer,basta apenas acreditar,De um instante p outro vc verá q as coisas começam a acontecer como num passe de mágica,td se transforma em pura Alegria e vc passa a enchergar coisas q antes vc naum via.
Coisas q vc não imaginava existir,agora vc simplesmente pode sentir,agora são sua pura realidade,são realmente de verdade.Por mais q os outros digam q não, vc as tem ali ao seu alcance,Basta apenas estendermos os braços e abrirmos as mãos,Para podermos senti-las com o coração,e compartilha-las com os amigos.
Pois os verdadeiros amigos te darão as asas p tdo acontecer,por q nesse mundo td se sente, e td se vê,basta apenas vc acreditar no amor dos seus amigos. (Luana Zerbini e Dani Canalles)
Bom essa poesia foi uma produção independente conjunta com a minha querida sobrinha Luana, ficou tão interessante q resolvi publicá-la no blog, pensem nisso, bjs
Lú obrigada pela ajuda e inspiração, te amamos!!!!

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Amor à primeira vista - ou melhor, em meio segundo

NOVA YORK (Reuters) - Quem não acredita em amor à primeira vista vai pensar melhor depois de conhecer uma nova pesquisa, segundo a qual as pessoas levam meio segundo para decidir se acham outra pessoa bonita e se a consideram como um possível parceiro.
"O estudo chega aos aspectos perceptivos básicos na busca de parceiros", disse o psicólogo Jon Maner, da Universidade Estadual da Flórida, que chefiou a pesquisa. "Ele mostra o quão rapidamente, fortemente e automaticamente as pessoas ficam sintonizadas com a atratividade física, seja procurando parceiros ou guardando seus parceiros de potenciais rivais", disse ele em entrevista.
Os autores do estudo publicado na revista Journal of Personality and Social Psychology descobriram que as pessoas tendem a se fixar em rostos atrativos até meio segundo depois de vê-las, e então as qualificam como possíveis parceiros ou rivais.
No estudo, alunos universitários viam durante 1 segundo fotos de pessoas muito atraentes ou de aparência mediana, e então tinham de olhar para outras coisas. Ao medir o tempo de reação das pessoas, Maner e sua equipe conseguiram determinar que basta meio segundo para aferir se alguém é atraente.
Além disso, as pessoas tendiam a se fixar nos rostos atraentes por meio segundo a mais além do limite de 1 segundo.
Os universitários solteiros em geral se interessavam pelo sexo oposto. "[As muito atraentes] são o tipo de pessoa que podemos preferir como parceiros românticos, mas não significa que seríamos capazes de ter um relacionamento com elas, porque pessoas altamente atraentes são muito disputadas", disse Maner.
Já as pessoas envolvidas em um relacionamento afetivo pareciam, ao ver as fotos, mais interessadas nas pessoas do mesmo gênero. "[Em relação às pessoas mais bonitas] nós temos ciúmes e ficamos vigilantes, preocupando-nos com a infidelidade ao tentarmos guardar nossos parceiros", explicou Maner.
O estudo também mostrou as armadilhas da fixação visual, inclusive os efeitos negativos para a auto-estima quando se olha uma pessoa atraente do mesmo sexo. Segundo Maner, essa negatividade pode estar ligada a distúrbios como a bulimia.
Outro inconveniente é que as pessoas se tornam menos satisfeitas com suas atuais relações. "A evidência nos mostra que quando vemos alternativas atraentes aos nossos parceiros isso nos faz sentir menos satisfeitos e menos comprometidos com o nosso atual parceiro, o que claramente tem implicações para o sucesso da relação."
(Por Sharon Ho)

Os males físicos e mentais com o exagero do trabalho Por Marcos Burghi

São Paulo, 06 (AE) - A acirrada concorrência do mercado, aliada à pressão por resultados rápidos, faz com que muitos profissionais exagerem na dedicação ao trabalho, cumprindo longas e estressantes jornadas diárias. Para os chamados workaholics ('fanáticos' por trabalho), a correria diária torna-se parte da vida, mas quando foge ao controle pode trazer graves problemas à saúde e à vida familiar.
De acordo com a médica Lys Rocha, professora de Medicina do Trabalho da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), o número de casos registrados pelo Ministério da Previdência Social como transtornos mentais relacionados ao trabalho saltou de 482, em 2000, para 3.701, em 2005 (pelos últimos dados disponíveis), aumento de cerca de 668%.
Na opinião da médica Maria Elenice Quelho Areias, supervisora do Departamento de Saúde Mental da Universidade de Campinas (Unicamp-SP), os workaholics sofrem do que ela chama de síndrome da pressa e podem desenvolver compulsão pelo trabalho. Segundo ela, são pessoas que querem executar diversas tarefas ao mesmo tempo e, por isso, estão sempre apressadas; profissionais que medem seu sucesso por conquistas materiais, o que gera desgaste físico e emocional. Como conseqüência, observa a médica, podem desenvolver ou agravar hipertensão, são mais suscetíveis a problemas cardíacos, sem falar em ansiedade, insônia e dores musculares.
Há formas de controlar ou minimizar o problema, ensina Maria Elenice. A primeira é praticar atividade física, que produz substâncias que melhoram o sono, entre outras funções do organismo. Ela recomenda também uma alimentação rica em frutas e verduras, além de programas relaxantes, que dêem prazer, como leitura, jardinagem e afins.
Para Geraldo Posseidoro, psiquiatra da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a compulsão por trabalho é tão grave quanto qualquer outra, como por jogo, sexo ou drogas, mas é socialmente aceita, já que as pessoas não conseguem viver sem trabalho.
Iaci Rios, consultora de recursos humanos da DBM, empresa especializada em gestão, afirma que muitos profissionais confundem a compulsão pelo trabalho com trabalhar duro. Na visão dela, a diferença não está na carga de trabalho ou na função ocupada, mas nas características individuais. É preciso, diz, verificar em que medida o trabalho compromete a vida da pessoa e se assume os lugares que deveriam caber à família, ao lazer ou mesmo à reciclagem profissional.
Em outro nível estão pessoas que trabalham duro e muitas em funções com alta carga de estresse, mas nem por isso fazem do trabalho sua única razão de ser. Ela acredita que ser workaholic, ou pior, um trabalhador compulsivo, não garante melhores resultados, mas reconhece que poucas organizações perceberam o detalhe. "A maioria ainda valoriza a entrega do profissional", afirma.
Segundo Iaci, uma maneira de o trabalhador voltar a ter controle sem dar sinais de perda da importância dentro da organização, é refletir sobre seu estado de ânimo. Caso esteja descontente, deve identificar o motivo da insatisfação e procurar resolvê-lo. Outra medida, opina, é fazer a relação entre o gasto de energia na realização de uma tarefa e o resultado obtido.
COMPULSIVOS QUE MUDARAM DE VIDA
Em dezembro de 2002, o executivo Leonel Costa, então com 39 anos, ouviu a conclusão do resultado de seu check-up e o que aconteceria se não levasse uma vida mais saudável, mas deu de ombros. Preferiu procurar outro médico porque achou que aquele exagerara. O fez e, depois de uma segunda análise dos índices presentes nos exames, escutou algo familiar: "Se você não fizer exercícios, vai morrer".
Foi quando Costa decidiu mudar de vida. Diminuiu o horário de trabalho que, de segunda a sexta-feira, começava às 7h e terminava por volta das 22h, procurou orientações para reeducação alimentar e passou a praticar esportes.
Cinco anos depois e com novos hábitos, ele lembra daqueles tempos sem saudade. Era uma rotina estressante, recorda. "Certa vez, uma de minhas filhas perguntou a minha esposa por que eu não me mudava para o escritório, já que vivia mais lá que em casa", diz. Hoje com 20 quilos a menos, diminuiu a jornada de trabalho, que vai das 9h às 19h, com intervalos regulares para refeição.
Outro que mudou a rotina é Felipe Assumpção. Aos 52 anos, o executivo se diz orgulhoso por administrar a própria vida. Trabalha cerca de cinco horas diárias, de segunda a quinta-feira, e três às sextas-feiras, quando por volta de meio-dia vai para uma propriedade que tem no interior de São Paulo. Além disso, joga tênis duas vezes por semana e freqüenta academia.
Embora reconheça que o conforto de hoje é resultado de esforços passados, quando trabalhava das 8h às 23h30 invariavelmente, Assumpção diz que entre 1988 e 2004, seu ritmo de trabalho trouxe problemas de saúde. Só úlceras foram três. "Estava sempre ligado, trabalhava até durante as férias", conta.
Pai de quatro filhos, de 20, 17, e um casal de gêmeos com três anos e meio, fruto do segundo casamento, Assumpção diz que não viu os mais velhos crescerem. "Nunca fui a festas de escola ou coisas do tipo."
BOXE 1
MERCADO
O workaholic não vê limites para não parar de trabalhar: qualquer hora é hora, qualquer lugar pode servir e, no meio de tudo isso, saúde, relações familiares e sociais e qualidade de vida acabam prejudicadas. A rotina frenética de um fanático por trabalho muitas vezes leva a uma alimentação desequilibrada. Portanto, é preciso fazer uma reeducação nesse sentido. Aliar a prática de exercícios a uma dieta balanceada ajuda. Especialistas concordam que a atividade física é uma das melhores formas de se combater a compulsão pelo trabalho. Porém, essa recomendação, isoladamente, pode não ser suficiente para recuperar a saúde de quem entrou nesse círculo vicioso.
O sono também é muito importante e deve ser respeitado para que o organismo reponha as energias perdidas durante a jornada profissional e reduza a ansiedade. O compulsivo por trabalho também deve aceitar que necessita de lazer e tem de aprender a dividir seu tempo com hobbies, por exemplo. De qualquer forma, o primeiro passo é estar consciente de que uma mudança de comportamento se faz necessária.
BOXE 2
ATITUDE
O psicanalista Geraldo Posseidoro, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), afirma que para aquelas pessoas que não têm disposição de realizar atividades físicas ou não obtiverem resultado a partir delas, o melhor é procurar um especialista. Isso porque, segundo ele, não há comprovação de que a compulsão possa ser ao menos amenizada a partir da iniciativa do próprio workaholic.
Em muitos casos, uma terapia pode auxiliar o compulsivo a abandonar padrões de comportamento prejudiciais e adotar atitudes mais positivas no dia-a-dia. Com uma vida mais equilibrada, até a tão desejada produtividade do trabalhador compulsivo pode ser melhorada.
BOXE 3
TESTE: VOCÊ É UM WORKAHOLIC?
Você tem dificuldade de relaxar ou repousar no seu tempo livre e evita tirar férias?
Faz muitas coisas ao mesmo tempo e marca o maior número de compromissos no menor espaço de tempo possível?
Releva a vida pessoal e familiar em prol do trabalho?
É agressivo ou muito competitivo no trabalho?
Trabalha ou lê quando come, ou antes de dormir?
Tem dificuldade em estabelecer limites de horários para trabalhar?
Teme a aposentadoria?
Sente-se culpado quando relaxa ou não trabalha?
Se você respondeu "sim" em pelo menos três questões, fique alerta: você está entrando no limite do workaholismo.
Caso a resposta tenha sido positiva para a maioria das questões (5), você apresenta as características de um workaholic. Cuidado: sua carreira e sua saúde podem estar em perigo. Procure aconselhamento com familiares, amigos e colegas de trabalho sobre o seu comportamento e a sua rotina. E não deixe de consultar um especialista.
(Fonte: Catho Empregos)

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Motivação: uma programação mental eficiente Francisco Johnson Gonçalves Ferreira

Partindo do princípio de que a motivação é intrínseca, que brota das necessidades interiores de cada ser, que é uma força, uma energia que impulsiona na direção de algum objetivo; conclui-se que ninguém motiva ninguém, que a motivação é algo que vem de dentro pra fora e não de fora para dentro. Dessa forma, sentir-se motivado é uma responsabilidade individual. Cabe a cada colaborador fazer com que essa chama permaneça viva em seu dia-a-dia. Por outro lado, enquanto RH, podemos alimentar esta chama fornecendo combustível para que a manutenção da motivação do colaborador aconteça.
Então, levando em consideração que a motivação é algo que parte de dentro do indivíduo, surge a pergunta: o que o colaborador pode fazer para sentir-se motivado?
A proposta é que se faça uma programação mental eficiente. Uma mudança de paradigma sobre alguns aspectos.
1º - O Querer:Parece óbvio, mas se alguém tem o desejo de conseguir alguma coisa é imprescindível que possua um constante desejo em adquirir aquela coisa. Daí a importância de cada um ter bem definido um claro planejamento de vida e de trabalho. Saber o que se quer; isto é: ter foco.Embora algumas pessoas desconheçam, todo ser humano possui uma grande força interior, a força do querer, o desejo permanente para conseguir atingir os objetivos, que é diferente de ter vontade. Quando se tem apenas vontade, a tendência é acomodar-se ficando apenas na vontade mesmo. Para conseguir, é preciso um pouco mais. Além de ter vontade é preciso reunir as condições necessárias para conseguir tal feito. É persistir no querer.Portanto esse é o primeiro passo e o mais importante para manter-se motivado: Querer verdadeiramente ser uma pessoa motivada e trabalhar diariamente para isso.
2º - Pensamento Positivo:Aquele que está otimista está motivado. Aquele que vive reclamando, mais parece que atrai uma quantidade ainda maior de problemas e as pessoas se distanciam dele. Ninguém gosta de ficar próximo a pessoas pessimistas.Por isso é essencial ter atenção sobre aquilo que pensamos. Uma maneira para conseguir ter em mente mais pensamentos positivos começa por ter atenção naquilo que falamos. Evitar reclamações e dar menos atenção a detalhes desnecessários frente à imensidão do sentido dos fatos, é um bom começo.Para modificar esse quadro, faz-se necessário que ele se conscientize da importância de valorizar aquilo que é realmente importante. Que busque o sentido maior a que se propõem os acontecimentos e que saiba que a modificação desse tipo de atitude negativa é inteiramente possível e treinável.
3º - Ser um eterno Aprendiz:Mesmo com o passar dos anos e o acúmulo de experiências adquiridas, manter-se como aprendiz é uma postura bastante nobre e motivadora. Quando o profissional passa a acreditar que já conhece tudo sobre a função, o setor e a empresa em que trabalha, às vezes, este passa a entrar numa rotina de insatisfação. Acaba por não manifestar interesse em participar de programas de treinamento ou atualizações, o que resulta num profissional amargo, resistente a mudanças e viciado na rotina; portanto, desmotivado.Uma maneira que esse tipo de profissional mergulhado na prepotência pode encontrar para combater a sua própria arrogância começa ao identificá-la. E para muitos, isso não é uma tarefa fácil. Devido a construções sociais de fortes estruturas mentais e a formação de mecanismos de defesa, algumas pessoas têm extrema dificuldade no que diz respeito a perceberem defeitos nelas mesmas. Uma dica para conseguirem tal feito é desconfiarem de si mesmas. É realizarem uma autocrítica perguntando-se: Será que eu sou assim?Aquele que é humilde o bastante para reconhecer que não sabe de tudo e que tem muito a aprender, vive plenamente em busca de aperfeiçoamento. Não sofre com os erros cometidos, pois aproveita as eventuais falhas cometidas para colher algum aprendizado e isso faz parte da visão das pessoas motivadas.
4º - Aceitação a feedback:A maneira mais eficaz para lidar com esse tipo de situação é aprender a receber críticas e a gostar delas, encará-las como um trampolim para o sucesso. Quando os nossos superiores na empresa tecem comentários expondo algo que não gostaram no nosso trabalho ou no nosso comportamento, encarar isso como forma de auxílio é a opção mais adequada. Mas não estou falando de fingimento. O ideal é que esse feedback seja recebido com um sentimento sincero e que sirva como apoio para a melhora na postura profissional.É comum para algumas pessoas ficarem irritadas e até mesmo magoadas nesses momentos. Ora por receber críticas indevidas ou acusações inverídicas ou simplesmente por levarem para o lado pessoal qualquer comentário a cerca do seu trabalho. Estas pessoas costumam encaram as críticas como ofensas.Para que isso não aconteça o colaborador deve desenvolver a capacidade de peneirar, separar aquilo que é útil para o seu crescimento e desconsiderar aspectos irrelevantes permanecendo com a consciência tranqüila com relação ao trabalho que vem desenvolvendo, mesmo que este ainda não esteja sendo reconhecido de forma adequada.Neste artigo foi abordada uma forma de melhor posicionamento dos colaboradores para que trabalhem mantendo-se motivados. Entretanto, sabemos que fazer com que essa energia permaneça crescente, faz-se necessário que a organização e o setor de RH contribuam de maneira fundamental. Mas esses aspectos são temas para um outro artigo.

Motivação: realização profissional e pessoal

O homem tem uma característica inerente à sua natureza. Não importa a origem, o credo ou a posição social, pois ele sempre estará em busca de algo, de uma conquista, um sonho, uma realização. Alguns almejam desejos mais simples, outros buscam desafios maiores e isso se revela de várias formas, tanto no campo pessoal quanto profissional. E quando essas aspirações relacionam-se com a carreira, entra em cena um fator decisivo para o sucesso ou não do profissional: a motivação. Mas, como se motivar diante de tanta pressão e das adversidades que o mercado de trabalho oferece? Existem dicas que podem ajudar a pessoa a se auto-motivar ou mesma orientações para que as empresas desenvolvam programas motivacionais que gerem resultados satisfatórios? Por que, cada vez mais se observa que o número de contratações e promoções frustra tanto as organizações quanto as pessoas que buscam obter sucesso na carreira? Para cada uma dessas perguntas, certamente há mais de uma resposta, pois as pessoas possuem necessidades individuais e as empresas possuem culturas próprias, que revelam suas identidades e realidades. “Estamos confrontados com dois problemas-chaves: o primeiro é o desalinhamento existente entre as motivações internas e as atividades a serem executadas. O segundo é que não há alternativas suficientes de postos de trabalho para que se possa, ao menos, procurar minimizar esse desalinhamento”, afirma Dieter Kelber, consultor e pesquisador do INSADI - Instituto Avançado de Desenvolvimento Intelectual e da Business Processes School. Em entrevista concedida ao RH.com.br, Kelber faz uma análise dos motivos que levam as pessoas a se sentirem insatisfeitas com suas atividades profissionais e a estreita relação existente entre motivação e carreira. Confira a entrevista na íntegra e aproveite a leitura!
RH.COM.BR - No mercado, observa-se que é significativo o número de contratações e promoções que frustram as expectativas tanto das empresas quanto dos profissionais. Onde está a raiz desse problema?Dieter Kelber - Na realidade, observa-se que esta situação já vem de algum tempo, quando houve uma sensível redução dos postos de trabalho disponíveis e um crescimento constante, a cada ano, da mão-de-obra disponível. Assim, cada vez mais os profissionais colocaram como meta principal a conquista de um trabalho que garantisse a sua sobrevivência econômica, independentemente se havia ou não um alinhamento de suas vocações natas, ou seja, suas motivações internas com as atividades que deveriam executar. Ou seja, observamos o atendimento da tão conhecida necessidade básica de Maslow, a sobrevivência. Então, podemos afirmar que estamos confrontados com dois problemas-chaves: o primeiro que é o desalinhamento entre as motivações internas e as atividades a serem executadas; e o segundo que não há alternativas suficientes de postos de trabalho para que se possa, ao menos, procurar minimizar esse desalinhamento. No que se referem às promoções frustradas, elas seguem as mesmas causas, onde por medo de se dizer um não, acaba-se aceitando novos desafios muitas vezes incompatíveis com nossas vocações. Nem todas as pessoas têm inclinações para a gestão ou liderança, por exemplo.
RH - Que outros fatores interferem para que essa situação permaneça acentuada no mercado?Dieter Kelber - Talvez devamos fazer uma reflexão se a falta de autoconhecimento, cada vez maior, dos jovens sobre suas inclinações, quando vão escolher uma profissão para estudar, seja numa universidade ou escola técnica, não é levada adiante quando ingressam no mercado de trabalho. Quando nós tínhamos um núcleo familiar tradicional, ou seja, uma família onde o pai trabalhava e a mãe cuidava da casa, era mais fácil acompanhar o desenvolvimento dos filhos e perceber de alguma forma as atividades que mais gostava de executar. E, assim, acabavam sendo bons conselheiros na hora da escolha da profissão. Também é preciso reconhecer que naquela época o mercado de trabalho era mais cartesiano, com profissões claramente definidas, e, o principal, com muitas alternativas para serem selecionadas. Hoje os jovens são muito mais independentes, mas também mais inseguros. Embora tenham mais informações que as gerações passadas, a mudança da estrutura familiar e das características do mercado de trabalho - menos cartesiano, mais multidisciplinar e multicultural, com menos níveis hierárquicos e mais responsabilidades iniciais - deixaram eles mais imaturos para ingressaram com a correta motivação numa organização. Evidente, é preciso ressaltar, que o desenvolvimento do autoconhecimento e da maturidade correlata varia de pessoa para pessoa, tanto do ponto de vista de suas características genéticas ou do contexto histórico-social em que se situa.
RH - O que mais pesa no desempenho de um profissional: a motivação externa ou a interna?Dieter Kelber - Acredito que todos concordam que quando fazemos algo que gostamos, a possibilidade de termos um bom resultado é maior do que quando executamos uma atividade pela qual não temos o mínimo prazer. Também nos parece razoável dizer que o trabalho não é meramente um instrumento de sobrevivência, e sim uma forma de se ter uma realização pessoal e profissional. Ainda podemos afirmar que todas as pessoas de sucesso - aquelas que atingiram os resultados almejados -, independentemente de terem alcançado ou não qualquer nível de riqueza material, simplesmente amavam o que faziam. As pessoas almejam sucesso, pois este leva até patamares mais elevados de maturidade. Aqui é importante ressaltar que não devemos confundir sucesso com fama. Eu posso, por exemplo, ser famoso por fazer tudo errado. Mas jamais terei sucesso fazendo tudo errado. Entrando, no cerne da sua pergunta, o que as empresas querem e precisam ter é o famoso ROI, ou seja, o retorno de investimento. Lucro. As pessoas, por seu lado, sucesso. Então, se a motivação interna está alinhada com as atividades, o profissional terá sucesso e conseqüentemente contribuirá de forma significativa para que as empresas alcancem os seus resultados. A motivação externa é um remédio que tem poucas chances de trazer o alinhamento que mencionamos.
RH - O Sr. pode citar um exemplo, para quem ainda confunde fama com sucesso?
Dieter Kelber - Claro que sim. Vamos pegar o nosso caso. Gostamos de dar aula, de dar palestras, independentemente de qualquer remuneração. Dentro do leque e habilidades que temos, acreditamos conseguir resultados bastante razoáveis. Agora, se nos pedirem para fazer um discurso para uma multidão na Avenida Paulista, pagando um caminhão de dinheiro, podemos até fazer, mas como não temos qualquer motivação interna para tal exposição, certamente seremos estrondosamente vaiados.
RH - A motivação interna é um reflexo da motivação externa ou vice-versa?
Dieter Kelber - Nos parece claro, e muitos outros estudiosos concordam, que a motivação externa tenta suprir a falta da motivação interna. E, para a frustração das organizações, não consegue. Importante não confundirmos motivação externa com incentivos para diminuição de gaps de competência. Se colocarmos indicadores e nos esforçamos para alcançá-los, isso está vinculado com desempenho, ou seja, com a minha competência para realizar determinada tarefa. Diferente, por exemplo, do que chamamos de benefícios complementares aos rendimentos básicos. É óbvio que as pessoas que têm a motivação interna alinhada com as atividades que estão executando, usufruirão mais das motivações externas oferecidas, porém como uma conseqüência quase que natural, sem impacto algum direto no seu trabalho.
RH - Essas duas formas de motivação entram em conflito?
Dieter Kelber - Não acredito que se possa falar em conflito. Diria que a motivação externa tenta "tapar o sol com a peneira". Tenta resolver uma situação com aspirina quando talvez a necessidade seja de uma cirurgia. Podemos até nos sentir melhor com a aspirina, mas ao continuarmos a fazer o que não gostamos, a dor de cabeça logo voltará. A impressão que tenho é que contratantes e contratados comunicam-se na grande maioria das vezes fora de freqüência, embora insistam formalmente em dizer que tudo está bem. Ambos os lados cometem o grande erro de acharem que a motivação externa irá resolver tudo.
RH - Então, qual a alternativa para solucionar essa questão?
Dieter Kelber - Devemos tratar essa situação como fazemos em caso de doença. Começar pelo diagnóstico, tanto do posto de trabalho da empresa como do seu futuro possível ocupante. No que se refere ao capital humano, hoje há excelentes testes que permitem que as pessoas tenham com uma boa exatidão, um retrato de seu perfil vocacional ou de suas inclinações. Gosto muito do teste Human Guide desenvolvido na Suécia e que cada vez mais vem sendo usado aqui no Brasil. Ou seja, não há qualquer dificuldade de se ter um autoconhecimento confiável na busca de um posto de trabalho. A complicação está na outra ponta, na empresa que tem bastante experiência para especificar que competências e habilidades são requeridas num posto de trabalho, mas não consegue fazer o mesmo quando se trata da motivação interna. Há organizações que, por exemplo, acham que vendedor é vendedor, independentemente se ele vende alguma coisa tangível ou intangível. Quantas empresas perguntam aos candidatos a uma gerência financeira se eles gostam de colecionar alguma coisa ou se são conservadores? A quem você confiaria o dinheiro de sua organização? Infelizmente, não vemos soluções de curto prazo, pois cada vez mais, pela diminuição dos ditos "cabeças brancas" nas empresas, falta a expertise sobre a maturidade do posto de trabalho. Algumas empresas têm buscado pessoas aposentadas ou consultores bastante experientes para amenizar essa dificuldade.
RH - Nesse cenário, onde o líder se encaixa?
Dieter Kelber - Esse é um ponto importante. No atual contexto empresarial, onde as estruturas organizacionais estão ficando mais orgânicas, onde a horizontalização através da gestão de processos está cada vez mais presente nas organizações, onde a globalização exige um perfil de pessoas mais multiculturais, multidisciplinares e interdisciplinares, onde colaborar e ensinar estão na ordem do dia e, principalmente, a questão do desenvolvimento sustentável é uma prioridade, não é mais possível nessa complexidade crescente falarmos de líder. O que as empresas precisam hoje são de lidestores, ou seja, profissionais que saibam planejar como um gestor, mas tenham a visão do todo, como um líder. Este profissional, o lidestor, devido à combinação de seus traços vocacionais e conseqüentemente de suas motivações internas, terá o papel de ser o libertador da energia interna de cada participante de sua equipe, buscando o melhor dos alinhamentos entre a motivação e as atividades a serem executadas. Deverá ter total desprendimento para buscar sempre o melhor alinhamento, dentro da organização, ou se não possível, então, na sua rede de interações sociais externa. A colaboração é a palavra-chave hoje. Quem faz o que não gosta dificilmente irá colaborar. Os lidestores farão a real grande diferença entra as empresas.
RH - Já que os temas motivação-carreira estão intimamente relacionados, não podemos deixar de focar a participação do profissional de RH. De forma prática, como a área deve atuar no dia-a-dia para que empresa e funcionários tenham suas necessidades atendidas?
Dieter Kelber - Do ponto de vista do capital humano, um dos grandes objetivos de uma empresa é desenvolver lidestores. Ou seja, desenvolver os gestores para serem líderes e desenvolver os líderes para serem gestores. O grande papel do RH é colaborar de forma atuante neste desenvolvimento, transferindo para gestores e líderes os conhecimentos necessários para se fazer uma adequada Gestão de Pessoas. Entretanto, para que essa transferência seja eficiente e eficaz, o RH precisa entender cada vez mais dos negócios da empresa, pois só assim saberá de suas reais necessidades e conseqüentemente das motivações internas que os componentes de uma equipe precisam ter. Uma atuação colaborativa do RH com os lidestores certamente melhorará, e muito, a eliminação dos desalinhamentos. Mas, é preciso para harmonizar a comunicação que os lidestores conheçam melhor o intangível das pessoas e o RH a racionalidade dos negócios. É algo mais ou menos assim: Você quer melhorar as pessoas? Invista nos processos. Você quer melhorar os processos? Invista nas pessoas.
RH - Se cada pessoa possui uma necessidade específica, que procedimentos a área de RH deve adotar ao implantar um programa motivacional?
Dieter Kelber - A posição que defendo já há algum tempo é que o atendimento das necessidades específicas de um colaborador, sejam elas de cunho de desalinhamento motivacional ou outro qualquer, deva ser dos lidestores, com a colaboração ou não do RH, dependendo da situação ou do grau de preparo e maturidade do lidestor. Planos motivacionais, como falamos anteriormente, trarão poucos resultados se não houver uma harmonia entre as pessoas e as competências requeridas pelos processos. Um programa de diagnóstico do clima de trabalho pode ajudar os lidestores a desenvolverem programas participativos com suas equipes na busca de soluções para eventuais conflitos. Cabe ao RH colaborar de forma ativa quando os lidestores ainda não têm a maturidade e o conhecimento suficiente para lidarem com as questões voltadas mais ao intangível. Um outro papel importante do RH é auxiliar a organização a eliminar o maior número possível de desalinhamentos. Normalmente, ele já tem um bom banco de dados sobre os perfis dos colaboradores, porém não se pode falar a mesma coisa com relação às motivações requeridas nos postos de trabalho. A existência desses dois bancos auxiliaria de sobremaneira os lidestores a encontrarem colaboradores adequados para os seus processos, como também encontrar processos na organização que possam absorver aqueles que precisam de uma atividade mais alinhada com suas necessidades motivacionais.
RH – Algum recado final para nossos leitores?
Dieter Kelber - Quero deixar uma dica final, ou seja, que as empresas busquem utilizar, a exemplo do Human Guide, metodologias ou programas de levantamento de perfis vocacionais que sejam facilmente entendíveis por todos, ou seja, que não haja necessidade de ser psicólogo para seu entendimento empresarial. Quanto mais cada um de nós souber de si e dos outros, e vice-versa, maior a probabilidade de um bom trabalho em equipe e um eficiente e eficaz alinhamento com os objetivos e tarefas da organização.

Para o sucesso Profissional Casar é preciso Marizete Furbino

A ascensão de uma empresa está ligada primordialmente aos recursos humanos nela existentes. Portanto, aliar desenvolvimento organizacional com investimento em RH é fundamental.
Como cada ser humano é ÚNICO, com seus anseios, talentos e objetivos, tem muito a contribuir com a organização. Os funcionários recebem novos títulos – o de colaboradores – e estes, que de fato merecem jus a este nome, devem ser comprometidos e envolvidos com a organização, cada vez mais participativos da gestão organizacional, contribuindo sempre com suas idéias e sendo verdadeiros empreendedores dentro da própria organização onde exercem suas funções. É preciso apostar e investir em cada ser humano que está envolvido no processo organizacional. Por isso, hoje, o maior investimento que uma empresa pode fazer é nas pessoas.
Sabemos que hoje, a maior commodity de uma empresa chama-se conhecimento, e é através deste que as organizações conseguem galgar vôos e se tornarem sólidas neste mercado onde a competitividade é tão acirrada. “Nos momentos de crise, por exemplo, as empresas devem ficar antenadas ao seu maior patrimônio” - as pessoas” e não se desfazerem delas. É necessário lembrar que, as pessoas são os pilares ou esteios que sustentam uma organização e que ao se desfazerem dessas, a tendência é submergir, contribuir para que a organizar chegue ao caos.
Em meio às constantes mudanças em que vivemos no século XXI, o importante é saber selecionar, saber recrutar, saber investir, saber manter e saber reter as pessoas dentro de uma organização, pois elas são os esteios da mesma.
Enxergar que o colaborador é o maior ativo intangível em uma organização e saber relacionar adequadamente talentos existentes e áreas de atuação é primordial para que a empresa torne-se competitiva. Um dos grandes desafios para as empresas do século XXI, além de proporcionar condições para que os colaboradores executem suas ações com eficiência e eficácia, é o de fazer com que toda a organização reconheça e valorize cada funcionário como colaborador, como uma pessoa que possui talentos valiosos. Existe ainda um outro desafio que não pode ser esquecido, ou seja, procurar fazer com que todos os departamentos e pessoas executem suas ações de forma interagida e integrada, conscientes do mesmo rumo a seguir e perseguindo os mesmos objetivos. Portanto, todos dentro de uma organização devem falar uma mesma linguagem, garantindo e canalizando esforços para o alcance das metas propostas.
É preciso descortinar o passado, retirar os velhos hábitos, que podem ser prejudiciais nesta nova era. É fundamental adotar de forma urgente e emergente a gestão por competência, onde toda a organização segue uma lógica única, investe na formação dos profissionais, cujo objetivo é atender às demandas de negócios com eficiência e eficácia, contribuindo assim, para agregar valor à empresa e fazer o diferencial no mercado.
Endomarketing - Na era do conhecimento, praticar endomarketing dentro da organização é hoje fator sine qua non de sucesso. O endomarketing é uma ferramenta do marketing dirigida ao público interno das organizações, cujos objetivos são: atrair, manter e reter os clientes interno e externo; obter resultados favoráveis à empresa e além de gerar qualidade significativa do produto ou do serviço prestado.
As ações de endomarketing buscam a satisfação do público interno e o seu comprometimento com os objetivos organizacionais, contribuindo assim, para que todos trabalhem em sintonia, em prol de um melhor atendimento ao cliente externo, buscando cada vez mais a excelência.
Para alcançar sucesso dentro da organização os gerentes têm que agir como líderes, uma vez que estes além de comprometidos e envolvidos com toda organização devem ter ciência da importância de delegar de tarefas, criando um vínculo de confiança entre todos os envolvidos no processo. O resultado será um só: aumento de produtividade com qualidade.
É preciso que a empresa valorize o funcionário, para que este passe a ser de fato um colaborador. Também é preciso que o colaborador valorize a organização em que está inserido, para que ele não apenas passe pela organização, mas deixe a sua contribuição. Portanto, ambos deverão realizar um “casamento” que impregne a harmonia e outros sentimentos que expressem e contribuam para manter o relacionamento como, por exemplo: respeito, confiança, carinho, admiração, fidelidade, criatividade, transparência nas ações, muito diálogo e maturidade. Caso contrário, corre-se o risco de chegar à mesmice e desmoronar toda a relação, arruinando a mesma.
Assim deve ser a vida organizacional - um casamento perfeito entre colaborador e organização, onde os objetivos estejam claros, definidos e sejam perseguidos. Onde cada um sabe exatamente o que fazer para contribuir com o todo e se preocupe em alcançar sempre a eficácia em prol da qualidade, sabendo exatamente o caminho que precisa ser percorrido e que estratégias devem ser utilizadas.
Sentir amor pela organização em que está inserido, pela função/atribuição é imprescindível, pois quando o amor é verdadeiro e forte é possível superar obstáculos e seguir em frente.

sábado, 15 de setembro de 2007

Blindada contra o stress

Do jeito que as coisas andam, inventar uma estratégia para lidar com as pressões profissionais é uma questão de sobrevivência. Você já tem a sua? Estas mulheres, sim. Pode copiar qualquer uma das táticas, porque todas funcionam!
por Sibelle Pedral e Cristiana Felippe fotos Karine Basilio

Chefes opressores, prazos apertados, pressão para cortar custos, o medo do desemprego... A vida de quem trabalha fora é uma coleção de situações de stress. As mulheres não escaparam dessa espiral - nem têm como. Segundo o último censo do IBGE, divulgado em 2001, 26% das famílias brasileiras são comandadas por mulheres. "Com tanta responsabilidade, elas estão mais sujeitas ainda ao stress", afirma Iêda Novais, consultora de Recursos Humanos. Não são poucos os casos como o da empresária gaúcha Marieta Germani, que, após a separação, assumiu o negócio que antes era tocado por ela e pelo marido, uma oficina de carros de corrida - e foi parar, doente, no hospital, com desmaios freqüentes. "Assisti a tudo e, quando entrei no mercado de trabalho, decidi que não iria acontecer comigo", conta a filha, Patrícia Germani, promoter de uma casa de música eletrônica em São Paulo. Sempre que o stress ameaça tomar conta, Patrícia usa suas armas (leia a seguir). Pressionadas pela necessidade, muitas mulheres, como ela, inventaram estratégias de blindagem. Com isso, além de melhorar a qualidade de vida, ainda ganham pontos nas empresas. "As mulheres mais calmas e com maior jogo de cintura estão sendo muito valorizadas", diz Iêda Novais. Portanto, quando o clima pesar, experimente as idéias das nossas entrevistadas e blinde-se também!
O choque da montanha-russa Você pode dizer que assim é fácil - afinal, Laura Rocha, 44 anos, é gerente de marketing e eventos especiais do Playcenter, um megaparque de diversões em São Paulo. Verdade. Não é toda hora que a gente encontra uma montanha-russa pela frente. Mas, se pintar uma oportunidade, não deixe escapar. "É uma grande descarga de adrenalina seguida de um imenso alívio", garante. Além de planejar campanhas promocionais e viver pressionada por prazos e resultados, Laura ainda tem que administrar os humores de São Pedro, já que dia de chuva é complicação na certa. "Se estou muito tensa, entro na montnha-russa e saio leve." Viva o verde Para manter o espírito firme e transmitir serenidade aos clientes - entre eles executivos tensos e celebridades aflitas -, a terapeuta capilar Patrícia Maciel, 41 anos, encheu sua sala de plantas. "Fechei minhas varandas com bambus e muito verde. Aqui, os passarinhos cantam o dia todo", conta ela, cujo trabalho consiste em buscar e tratar as causas físicas e emocionais da queda de cabelo. "Esse clima faz bem para os clientes e ainda funciona como meu fio terra."

Um chocolate e... pronto! Na hora em que a empresária de moda Vera Queiroz, 28 anos, se sente prestes a explodir, ela não hesita: desarma a bomba com um chocolate. Dona de uma loja de roupas, Vera está sempre às voltas com os altos e baixos do mercado. "Chocolate me acalma", diz. "Acalma mesmo", confirma a nutricionista Andrea Rabay, de São Paulo. "Ele induz a produção de serotonina, substância que desencadeia sensações de bem-estar." Gritar faz bem Patrícia Germani, 29 anos, organiza festas para 5 mil pessoas na casa noturna Manga Rosa, em São Paulo. Seu trabalho é diurno: vende grandes lotes de ingressos, peneira os melhores convites e cuida da divulgação. Se a tensão começa a ficar insuportável, ela vai até a pista de dança - sempre vazia de manhã e à tarde - e grita. "Depois, xingo as paredes e mantenho diálogos imaginários com as pessoas", revela. "Volto leve e recomeço bem mais tranqüila." Meditar é remédio Vice-presidente de operações da EDS, empresa que presta serviços na área de tecnologia de informação para a América Latina, a executiva Maria Fernanda Teixeira, 49 anos, trabalha sob a pressão das grandes decisões. Ela encontrou alívio e sabedoria na meditação, que pratica sempre que o stress aperta. "Meditando, aprendi a me controlar e a não tomar decisões precipitadas. Mesmo que meu diretor queira uma resposta imediata, peço uns minutos para pensar melhor. Sempre dá certo." A oração aquieta A prática espiritual é fundamental para a católica Edília Cristina de Carvalho, 28 anos, manter o equilíbrio como agente de segurança do metrô de São Paulo. Pelo menos três vezes por semana, ela freqüenta a igreja para lidar melhor com os riscos da profissão. "Oro para que a estação não seja assaltada e para não perder a calma com os usuários que me tratam com grosseria", conta. "Graças a esse alimento espiritual, vejo que até nas horas difíceis podemos aprender alguma coisa."


Um cochilo para desanuviar Dona de uma operadora de turismo, Yolanda de Oliveira, 55 anos, enfrenta confusões com companhias aéreas e hotéis lotados com um truque inesperado: uma soneca de 20 minutos. "Quando preciso resolver alguma complicação, me deito no sofá de uma salinha e durmo", conta. A técnica, segundo ela, foi extraída da biografia do primeiro-ministro britânico Winston Churchill, que cochilava até durante os bombardeios alemães a Londres. Melhor: acordava transbordando de idéias sobre estratégias de guerra. Como desligar a mente no meio de um dia agitado? Yolanda recomenda fechar os olhos, imaginar paisagens, mentalizar o ruído de água, respirar bem fundo e ir relaxando devagar até dormir. A ioga pode tudo A executiva Manzar Feres, 40 anos, da divisão de consultoria da IBM, descobriu a ioga há dez anos - e até hoje faz algumas posições no escritório. "Minha preferida é a do elefantinho, que consiste em girar o corpo e balançar os braços. Melhoro na hora", conta. Além disso, a ioga ensinou Manzar a controlar a respiração. Em reuniões difíceis, nossa tendência é mudar o ritmo da respiração, o que embaralha o raciocínio e abre brechas para outros tirarem proveito da nossa fragilidade momentânea", explica. Ela também faz alguns alongamentos durante o dia para evitar que o corpo trave de tanta tensão. Se não for assim, a gente adoece."
Já pensou em lutar caratê? Mais do que uma arte marcial, o caratê contempla uma filosofia de vida baseada no equilíbrio e na harmonia interior. A farmacêutica Regina Schaefer Guedes, 44 anos, apela para os ensinamentos de seu mestre quando parece muito difícil conciliar os três "empregos" - ela administra uma rede de farmácias de manipulação, uma distribuidora de cosméticos e cuida do desenvolvimento de linhas de produtos para clientes especiais. "O caratê é a arte de ultrapassar metas e inspira minha postura no trabalho", diz ela. "É um treinamento pesado para vencer."
Movimentos pela paz O esporte é a válvula de escape da pediatra Jane de Eston Armon, 55 anos, para lidar com as pressões do cotidiano. Ela se levanta todos os dias às 5h20 para fazer uma hora e meia de ginástica na academia. Assim, o organismo libera endorfina, substância responsável pela sensação de prazer, o que me deixa calma durante todo o dia de trabalho", conta. A professora de inglês Maureen Silva, 53 anos, usa uma tática parecida: vai para o trabalho a pé. "Andando, planejo melhor o meu dia e crio estratégias para enfrentar as dificuldades", diz.
Foco nas metas O trabalho da bancária Wanesca Lanis Valadão, 26 anos, é dos mais desgastantes: ela resolve por telefone os abacaxis dos clientes da instituição para a qual trabalha. É raro o dia em que encerra o expediente sem ter ouvido cobras e lagartos de correntistas. "Não perco a calma", reflete. "Meu truque é contar até dez e lembrar das metas da minha carreira. Quero crescer, ter economias, comprar um apartamento." A força que vem da empresa Que o funcionário estressado não produz bem, algumas empresas já sabem. Por isso, criaram estratégias para aliviar a tensão no ambiente de trabalho. Muitas já possuem academias de ginástica ou no mínimo oferecem sessões de massagem, aulas de ioga, tai chi chuan e até psicólogos para ajudar nas horas mais problemáticas. Os funcionários valorizam a iniciativa e estreitam o vínculo com a companhia. "Temos academia de ginástica e sala de convivência, um espaço para relaxar ouvindo músicas ou vendo um DVD. Assim, contribuímos para diminuir as tensões do dia-a-dia do funcionário", diz Marilena Vidal, gerente de RH da Indiana Seguros S/A. "As palestras sobre prevenção de doenças e qualidade de vida no trabalho também ajudam no combate ao stress." Na sede da Serasa, os funcionários têm aulas de ginástica laboral três vezes por semana. Eles também podem fazer acupuntura e aulas de postura durante o expediente. "Queremos evitar decisões precipitadas, frutos da impulsividade gerada pelo stress", diz a gerente corporativa social da Serasa, Márcia Tedesco dal Secco. Se o funcionário ganha qualidade de vida, a produção aumenta."

setembro de 2004
4

20 dicas para alcançar o sucesso!

20 dicas para alcançar o sucesso!

1- SEJA ECLÉTICO (A)Especializar-se é importante, mas, para se dar bem, o(a) profissional precisa ser capaz de lutar em várias frentes. Encare as tarefas diferentes como crescimento e deixe o "isto eu não faço" para quando tiver um cargo mais alto e maior poder de barganha e decisão.

2 - NÃO SE ACOMODESe você está há mais de dois anos na mesma "vidinha", e mesmo com um bom salário, e não busca mais nada, cuidado: para o mercado, você pode ser visto (a) como acomodado(a) e como alguém que não almeja crescimento. Procure colocações, pesquise, compare seus métodos com os de outros colegas. Essa "investigação" vai lhe trazer parâmetros mais exatos, mais acertados do que aqueles percebidos em seu próprio ambiente.

3 - SEJA ÉTICO(A)Está nos jornais e na TV: o mercado é corruptível, e existem pessoas que fazem qualquer negócio para conseguir o que querem, inclusive abrir segredos profissionais para a concorrência ou "roubar" clientes e futuros prospectos dos parceiros de negócio. Esse tipo de atitude é indesculpável e a reação do mercado a ela é implacável: provavelmente, as oportunidades se fecharão para você e amizades se desfarão. Faça jus à confiança que recebeu e preserve seu bom nome a qualquer preço.

4 - JUNTE-SE À LINHA DE FRENTEExistem basicamente três perfis de pessoas: as que fazem, as que mandam fazer e os "engenheiros de obra feita", que só criticam ações alheias. Se você está neste último time, fuja daí correndo. Seja um agente das mudanças, seja criativo e solidário. Vá atrás, observe mais e critique menos. Seja construtivo (a) e aprenda.

5 - CONHEÇA SEU AMBIENTEEssa atitude "investigativa" é essencial para avaliar com objetividade suas possibilidades de ascensão e sucesso, próximas e futuras. Seja um pouco enxerido(a): que faz fulano para "se dar" tão bem? O que a empresa valoriza? Para quem destina o produto ou serviço? Esse exercício vai ajudá-lo(a) a identificar o melhor caminho a seguir e orientar seu crescimento.

6 - INVISTA EM SUA CARREIRAConhecimento não ocupa espaço. Estude idiomas, procure cursos, pós-graduação, especializações, reciclagens, workshops. Não espere que a empresa atenda a suas necessidades ou antecipe seus desejos. Vá à luta. Fale com seu mentor, mostre os benefícios que esse aprimoramento trará e se for o caso, invista seu tempo, e talentos para obter o resultado desejável. Invista em você mesmo(a), e se for o caso, financie ou negocie esse custo. Mas muito cuidado, não se endivide. De o passo do tamanho de seu bolso e interesses. Pese tudo com muita objetividade e honestidade.

7 - APOSTE EM VOCÊ COMO PESSOANão há como construir um(a) vencedor(a) se você se vê como um fracasso pessoal. Procure fazer o que gosta, dentro e fora do trabalho. Você vai se sentir mais feliz e lidará melhor com a frustração e aquele sentimento de improdutividade que às vezes bate. Não desanime: olhe a sua volta e alimente- se dos resultados que colheu, por menores que sejam.

8 - INVESTIGUE O MERCADOÉ preciso ter uma visão abrangente dos rumos que sua atividade e o mundo estão tomando, ver o que acontece em sua área de atuação nos outros países. É muito comum encontrar pessoas decepcionadas com mercados saturados, que batalham para criar um diferencial quando já deviam estar realizadas. Para evitar decepções, tente conciliar as perspectivas com suas habilidades e desejos para que sua carreira lhe traga, além de sucesso e reconhecimento, satisfação pessoal.

9 - AVALIE AS MUDANÇAS COM OBJETIVIDADESe você é aquele tipo de pessoa que busca garantias para aceitar uma promoção, por exemplo, sua carreira tende a empacar. Assuma os riscos de suas decisões, até porque, numa troca de empresa, não há como prever como será sua adaptação ao ambiente e cultura novos, por melhores que eles sejam. Lembre-se: como na loteria, só tem chance de ganhar quem aposta. Se for o caso, não tenha medo de trocar ou de trabalhar em tempo integral, no que realmente fará a diferença em sua vida. Saiba avaliar isso com precisão e é bom, em alguns casos, buscar orientação em quem você confia ou que realmente está interessado em sua vitória.

10 - LEIA MUITOE de tudo. Num mundo globalizado, saber o que acontece a nossa volta é obrigatório. Trafegar com desenvoltura por assuntos variados e sobre especificidades de sua área vai contar pontos a seu favor.

11 - SAIBA SE VENDERUm bom marketing pessoal abre muitas portas. É importante que você transmita a importância daquilo que fez e como faz, para si e para o mercado de trabalho, com confiança. Cuidado apenas para não aparecer exibido(a): seja objetivo(a) ao ressaltar seus, pontos "positivos", conquistas e descobertas. O resto é decorrência disso.

12 - FOCALIZE OS OBJETIVOS NÃO OS EMPECILHOSQuando as coisas se enrolarem, concentre-se no resultado e pare de perder tempo justificando os erros ou percalços do processo. Afinal, eles acontecem com todas nós praticamente o tempo todo. Reclamar é sabidamente um modo de perder tempo.

13 - MANTENHA-SE MOTIVADO(A) E ESTIMULE OS COLEGASUm certo desânimo de vez em quando é normal, desde que não vire regra. Muitas vezes, a insatisfação é provocada por algum processo desgastante que faz o objetivo parecer inexeqüível. Um bom papo competente ajuda e novos desafios resgatam sua motivação e estimulam toda a equipe a apontar-lhe novos caminhos.

14 - FAÇA UMA AUTO ANÁLISEO(A)s profissionais que minam suas chances de sucesso geralmente não se conhecem, duvidam da própria capacidade e "travam" por medo e ansiedade. Se você se sente assim, é o momento de parar e pensar sobre o que a empresa e aqueles que "dependem" de tua atitude esperam de você e acima de tudo, o que você deseja da vida. O auto conhecimento é um processo contínuo, fundamental para construir o sucesso.

15 - ESPELHE-SE NOS VENCEDORESA turma que vive cochichando sobre os insucessos alheios deve ser evitada bem como aqueles que tem "dor de cotovelo" do real sucesso de outros e vivem falando "isso ou aquilo". Espelhe-se no exemplo das pessoas que, mesmo não ocupando cargos de chefia, agem como vitoriosas e realizam-se a cada conquista. Em decorrência, ascendem profissionalmente. Pense sempre grande.

16 - NÃO FUJA DOS DESAFIOSAo deparar com uma tarefa difícil, uma promoção, um novo "pin", a tendência de boa parte das pessoas é fugir da raia. Que tal um pouco mais de autoconfiança? Se a empresa ofereceu-lhe a incumbência, é porque acredita em sua capacidade. O mesmo vale para uma nova retomada de decisão, uma nova arrancada: agarre a oportunidade e mostre a que veio.

17 - TRACE UM OBJETIVO DE VIDAObjetivo é aquilo que pode ser quantificado, tem prazo para acontecer, envolve planejamento e escolha. Se você ficar apenas no plano do desejo ("quero ser realizada"), provavelmente desperdiçará boas oportunidades e não conseguirá direcionar sua energia e talento. Concentre-se na meta e, faça sempre uma reavaliação. Reavalie suas medições, e lembre-se "aquilo que não medimos, não poderemos controlar".

18 - SEJA COMPETITIVO. A FÉ DE QUE TUDO DARÁ CERTO, É FUNDAMENTAL.Profissionais que se desconectam do mercado acabam vinculando seu sucesso à permanência na empresa onde estão. Pessoas bem sucedidas "funcionam" em qualquer lugar e não acreditam sua ascensão apenas a uma única estrutura. Sempre tenha novas estruturas funcionais, nunca dependa apenas de uma. Capitalize suas iniciativas e invista na educação contínua. V.V. Rien certa vez disse: "o aperfeiçoamento é conseqüência do fazer" Então, não tenha medo, pois essa bagagem ainda terá validade em novas lutas, em outras situações. Essa é uma ótima tática para praticar a independência e a autoconfiança.

19 - CONSTRUA UMA BOA REDE DE CONTATOSSe você não quer passar por interesseiro (a), daquelas que só telefonam quando precisam, mantenha-se em contato com as pessoas. Família, amigos, conhecidos do trabalho, etc, e são eles que vão lhe trazer novas referências e abrir portas inesperadas.

20 - ASSUMA O CONTROLE DE SUA CARREIRAQuem quer crescer não entrega o destino nas mãos de outra pessoa. A estratégia para dominar o crescimento é juntar em sua atividade o que você quer (desejo) e o que precisa (objetivo) com aquilo que o mercado oferece de melhor. Dominar esse processo significa mais chances de vencer e, principalmente, menos frustração. Mas nunca desiste, de tempo ao tempo.

Roberto Lamas